sábado, 31 de março de 2012

LÁGRIMAS PARA ARREPENDIMENTO.

Jesus Chorou. (João 11.35)
*INTRODUÇÃO
Não sei quantos assistiram ao filme “Marley e Eu”, mas estive pensando um pouco sobre esse filme nestes dias. Conta a história de um cachorrinho que é chamado no filme de “o pior cão do mundo” pelo seu modo arteiro e pouco obediente, avesso a comandos e sempre pronto a ir na direção contrária em que seus donos desejam conduzi – lo; ainda assim seu dono com muito amor e carinho procura levar seu cãozinho a entender o caminho correto e procura evitar que ele se envolva com os perigos que o cercam. Esse contexto nos é muito familiar, porquanto somos diversas vezes avessos às direções de Deus e arredios a seus ensinamentos, vivemos agitados e alvoroçados pelas idas e vindas do dia a dia esquecendo – nos daquele que conduz nossas vidas tendo as rédeas nas mãos, estamos sempre tentando puxar mais forte pra correr em disparada enquanto ele deseja que estejamos ao seu lado para irmos à direção que ele nos quer conduzir, contudo ainda que sejamos rebeldes e arteiros ele continua carinhosamente nos protegendo e com misericórdia nos tratando, agindo com seu profundo amor e graça para com cada um de nós.
O que este filme tem a trazer de ilustração para este texto que estamos para trabalhar é a importância de buscarmos arrependimento, de encontrarmos o caminho que nos conduza a direção de Deus, pois o que temos observado neste tempo é um povo que não se importa mais com o querer de Deus e deseja andar conforme ‘da na telha’, assim como no filme, vivendo como quem não tem direção ou a quem nos guiar. No entanto, precisamos urgentemente voltar, reencontrar o caminho para a direção de Deus para podermos experimentar de sua graça e de seu amor não como fugitivos e miseráveis ou marginais, mas como filhos que gozam do melhor da graça que produz salvação e do amor que gera vida.

*SOBRE O TEXTO
Existem algumas vertentes teológicas muito profundas para explicar o conteúdo de um dos textos mais pragmático do Novo Testamento. João 11.35 fala – nos sobre uma peculiaridade da humanidade de Jesus, Ele chorou. Enquanto homem Jesus teve fome (Marcos 11.12), sentiu sono (Marcos 4.38), irou – se (Marcos 11.15), teve sede (João 19.28) e amou (João 13.1), dentre todos esses aspectos naturais com respeito a Jesus o que mais nos intriga é o fato de Ele haver chorado. Se considerarmos apenas o aspecto humano esse sentimento de Jesus seria tão comum quanto a todos os outros, mas por ser Jesus, Deus, dificulta – nos pensar que este chorou como fosse simples aceitar que Ele tenha sentido sede, fome, sono ou qualquer outro sentimento ou sensações como esta. Não podemos esquecer que sendo Jesus homem também o era Deus. Neste texto em especial onde está expresso o choro de Jesus ele nos fala de algo muito mais profundo do que apenas lágrimas de um homem, nos fala de lágrimas de um Deus que fora achado em forma de homem (Filipenses 2.8), um choro que não tem ecos apenas na humanidade de Jesus, mas na divindade d’Ele ressoando espiritualmente (João 11.33).
Ao olhar para este texto, penso eu que, Jesus é o autor da vida e não somente o autor da vida, mas o autor de uma nova vida também e isto podemos confirmar pelo que escrito está em João 1.3 e João 3.16, este mesmo Jesus que é autor da vida e nos dá nova vida n’Ele e que anseia por habitar em nós como nos evidencia Gálatas 2.20, se depara com uma cena muito intrigante onde em meio a seus amigos há morte (João 11.11).  Jesus sendo o autor da vida encontra morte no meio dos seus amigos O leva a chorar.
Penso neste importante aspecto dos sentimentos de Jesus, porque Jesus chora quando encontra morte no meio dos seus amigos e me pergunto como tem hoje Jesus estado em seus sentimentos quando olha para nós que somos seus amigos (João 15.15), porque em nosso meio o que mais podemos observar? Olhando para esta pergunta talvez nos encontremos como a Igreja que está em Sardes de Apocalipse 3.1 “E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.” (nota: Sardes significa: aqueles que escapam – igreja situada na Ásia menor). Encontramos hoje um cenário na igreja de Jesus, em meio aos seus amigos como os “sepulcros caiados” tendo aparência de que vivemos estando mortos.

*EM BUSCA DO ARREPENDIMENTO PERDIDO
Ao olhar para o que vivemos nos nossos dias e ilustrado com o filme que citado está no início deste estudo vejo como estamos distante de um arrependimento profundo e sincero porquanto o texto bíblico já nos orienta que assim seria nos últimos dias, mestres segundo seu querer como diz 2 Timóteo 4.3; também podemos observar Mateus 16.18 e 23, o mesmo Pero que recebeu a revelação é o mesmo que torna – se pedra de tropeço. O que quero elucidar com este pensamento é que nós mesmos, os amigos de Jesus são os que têm gerado tropeço por conta dos nossos desejos e de nossas vontades e valores que giram em torno de uma busca desenfreada pela nossa satisfação, esquecendo – nos de que é Ele quem tem o controle. Jesus disse: “Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!” (Mateus 18.7). Devemos buscar frutos dignos e arrependimento (Lucas 3.8).

*CONTUDO
O Senhor que é compassivo e misericordioso está nos chamando continuamente ao arrependimento e apresenta para nós o seu desejo de que o façamos. Ele nos diz:
CHOREM OS SACERDOTES, MINISTRO DO SENHOR (JOEL 2.17)
O choro e as lágrimas na Bíblia tem sempre uma conotação de arrependimento e tristeza, este texto fala do pórtico e o altar, este era o caminho percorrido pelo adorador que ia oferecer o seu sacrifício de arrependimento. Implica para nós que devemos nos arrepender com lágrimas e com um choro sincero para que sejamos contados como adoradores e recebida nossa oferta.
PAI, PERDOA – LHES... (LUCAS 23.34)
Jesus está oferecendo perdão aos que o buscam e apresentam diante d’Ele uma adoração sincera e que desejam dedicar sua vida a Ele de modo que ele possa achar em nós vida.
CHEGAI – VOS A DEUS (TIAGO 4.8 – 10)
Somente seremos exaltados segundo o poder de Deus quando compreendermos que Ele tem o controle e que importa que sintamos o quanto somos carentes de seus poder e graça, assim Ele nos exaltará não como desejamos ou segundo o nosso entendimento, mas nos exaltará sobre a carne, sobre o pecado e sobre as obras mortas para que tenhamos vida.

*CONCLUSÃO
Devemos apresentar um choro e lágrimas para arrependimento pelo que consta em 1 Pedro 1.3 - 9 .

Pr. Rodrigo de Almeida

terça-feira, 27 de março de 2012

quarta-feira, 14 de março de 2012

O que mudou na Santidade no Século XI? (2Coríntios 4.4) - Parte I

Ao observar as transformações ocorridas nos últimos anos na sociedade, podemos nos impressionar com o surgimento de tanta novidade que não estão tão novas assim. Muito dos conceitos que desenvolvemos hoje eram, até pouco tempo atrás, tratado de modo diferenciado. Há algum tempo se controlava o quanto as crianças podiam passar diante dos vídeo - games e computadores, enquanto hoje a maior parte do tempo é gasto diante destes. Também nos preocupamos com o tipo de companhia tinham nossos filhos e hoje não controlamos os seus 999 amigos das redes sociais, isso sem falar do conteúdo do que é visto por eles em seus computadores ou na televisão,além do tipo de jogo que jogam, quando até algum tempo atrás,dificilmente alguns deles participariam de 90% de nossas conversas. A globalização chega em nossa sociedade e algumas "máscaras" começam a cair e também algumas "distorções" começam a surgir. "Máscaras" porque o acesso a informação chega e descobrimos que assistir televisão de mais não estraga a vista; "distorções" porque assistir televisão de mais pode estragar o caráter. No atual  século, a igreja de Cristo celebra o acesso do povo ao conhecimento do evangelho; os veículos de comunicação e as redes sociais levaram e levam a um contato, um relacionamento, uma aproximação de muitos com seus líderes, antes inacessíveis, a uma compreensão de estudos e a uma geração de influencias através de um mundo globalizado. Contudo, este mundo globalizado gera também dentro da igreja uma interação muito perigosa com o mundo e tudo o que nele jaz, e entenda que me refiro ao que jaz no mundo e não ao o que no mundo tem para que nele vivamos e dele desfrutemos, me refiro a suas obras mortas. As obras mortas do mundo começam a se globalizar com a igreja que é lugar de vida e trouxe uma interação do tipo "nitroglicerina e fogo" para um contexto que passou por mudanças de conceitos estruturais, mas que não pode em hipótese algumas, mudar os conceitos dorsais. O que vem a ser conceitos estruturais e dorsais. O dorso ou espinha dorsal do ser humano é o centro de todo o crescimento do corpo, onde há a estabilidade e todo centro gravitacional do corpo, contudo a estrutura do corpo é alterada por conta do crescimento dos músculos e de todo o resto. Podemos ter várias formas de corpo, magros, altos, imponentes e esculturais e etc, mas a estrutura do dorso é sempre a mesma e sua funcionabilidade é imutável. O fato é que os conceitos estruturais da igreja do século XI está criando deformidades que interferem profundamente no dorso da igreja que é a instrução bíblica quanto a salvação e a santidade, deixando caminhos e direções que desvirtuam esse direito. No Atual século, a salvação pode ser conquistada à prazo e a santidade é relativa. Estamos interferindo, conjecturando, mascarando esses conceitos que são estrutura para um corpo sadio. Quando mudamos a proposta da salvação imediata oferecida por Cristo e dizemos que podemos aos poucos ser salvos como que por um processo, anulamos a força do feito de Jesus Tendo morrido uma única vez por nós. Quando mudamos a proposta de santidade para nos amoldar aos padrões do que jaz mundo, anulamos o caráter que Cristo apresentou para aqueles que esperavam por salvação. O que vale deixar em relação a santidade é que ainda que o copro mude em sua estrutura, a santidade é imutável, é um padrão de Deus onde há vida e em quem não há mudança, nem sombra de variação. A igreja do século XI tem mudado o dorso para que se adeque ao corpo e vem com isso os desvios. Infelizmente, desvios dorsais terminam com paraplegias, cadeiras de rodas.restrições nos leitos e muitas limitações. Talvez seja por isso que a igreja do atual século não progrida,mas de voltas no deserto. Santidade é imutável, inegociável, assim como a salvação é única n'Aquele que a morte venceu para me dar vida eterna com Deus, Cristo Jesus,o Santo de Israel,meu Senhor e meu Deus. 

GRAÇA, PAZ, MISERICÓRDIA E VIDA ABUNDANTE A TODOS QUE DESEJAM SALVAÇÃO E SANTIDADE.

Pr. Rodrigo de Almeida
Rede de Jovens Radical é Ser Livre