quinta-feira, 25 de outubro de 2012

21/10/12 - noite


Essência.
Então Maria, tomando um arrátel de unguento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do unguento. 
João 12.3
E, estando ele em Betânia, assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher, que trazia um vaso de alabastro, com unguento de nardo puro, de muito preço, e quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça. 
Marcos 14.3
*      Introdução
Havia uma canção antiga de um grupo famoso chamado ‘Legião Urbana’, na qual o autor da canção, Renato Russo, dizia não compreender algo sobre Deus. Segue o trecho da canção: “Quem me dera ao menos uma vez, entender como um só Deus ao mesmo tempo é três...” Renato não compreendia algo simples e profundo que é a triunidade divina. O Deus Pai é Espírito que tendo apenas um único gene, deu – o a seu filho Jesus, ora o ser humano possui 48 genes e quando da concepção homem e mulher cedem metade dos seus genes, ou seja, 24 genes para que se formem a característica da criança semelhante a dos pais. Sendo assim, Deus, tendo apenas um gene, cedeu completamente a Jesus, fazendo de Jesus exatamente o que o Pai era: Deus. O homem fora feito de matéria, barro, como relata Gênesis 2.7 e a mulher da costela do homem, como em Gênesis 2.21. Contudo primeiramente nos diz as escrituras que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26 – 27), porém Deus é Espírito (Jo 4.24) então onde somos sua imagem e onde temos sua semelhança? Na essência. Em essência somos espirituais, feitos da mesma porção espiritual, de modo que como Deus “precisa” ser adorado, nós precisamos adorar, isso nos completa, preenche o nosso ser. É a nossa existência preencher este passo da criação. Nossa essência é adorar, assim como a essência de Deus é ser adorado.
*      Textos
Nos textos citados falamos sobre Maria, irmã de lázaro e irmã de Marta, que esteve aos pés de Jesus quando de sua visita à casa de sua família enquanto sua irmã preparava a mesa. Também a mesma Maria que prostrou – se aos pés de Jesus antes que ressuscitasse seu irmão lázaro e adorou a Jesus. Há certas diferenças entre estes textos mesmo sendo eles a cerca do mesmo episódio. João diz que restavam seis dias para a páscoa, que estavam a casa de Lázaro e que Judas Iscariotes queixou do desperdício, João frisa a unção nos pés de Jesus. Marcos relata faltar dois dias para a páscoa, a casa era de Simão leproso e que alguns queixaram do desperdício não citando Judas, Marcos Frisa a unção na cabeça. A muitas questões neste texto inclusive a da formação textual diferenciada de João e Marcos que não vem ao caso para nós. O fato é que os textos se referem ao mesmo episódio. O importante aqui é que a quantidade de nardo era suficiente para ungir a Jesus da cabeça aos pés, e de fato o foi por ele mesmo dizer que ela o fez para prepará-lo para a sepultura (Jo.12.7 / Mc 14.8). O nardo era um perfume precioso usado apenas em ocasiões especiais devido ao seu alto valor. Judas sugere que fosse vendido por 300 denários, sendo o denário o salário de um dia de trabalho, era quase o salário de um ano inteiro. O vaso de alabastro também era de igual valor. Hoje o alabastro é feito de gesso, e como é bem suave pode ser frisado com o toque de uma unha. Nos dias de Jesus era produzido o vaso de alabastro da calcária, uma espécie de gesso mais rígida, para que não se corresse o risco de quebrar com um perfume tão preciso e caro dentro. Maria quebra esse alabastro rígido com suas mãos e unge a Jesus derramando o nardo por completo, sem que se pudesse aproveitar o que no fundo permanecesse já que o vaso fora quebrado.
*      Aplicação pessoal
Na minha essência de adorador, sou atraído por Deus a fazer três coisas feitas por Maria nestes textos:
1.       Sou movido a Quebrar – me – Maria ao deparar – se com Jesus em sua casa, foi movida a quebrar o que ela possuía. A essência de adorador que há em nós deve nos levar a quebrar nossas embalagens mais duras, sentimentos, mágoas, dores, traumas e etc. (Jr 18.4 – o Vaso quebrou a si próprio na mão do oleiro para se refeito).
2.       Sou movido a me derramar – Maria derramou nardo puro, o que havia de mais precioso para ela, talvez todo o seu sustento e de sua família. Precisamos derramar perante ele libações da nossa própria alma. Devemos derramar perante ele tudo o que temos e o que somos nos colocar nus diante dele para poder alcançar a totalidade da sua presença. (Sl 42.4 – O derramar da alma só acontece quando estamos indo na direção d’Ele).
3.       Sou movido a me prostrar – Maria não simplesmente enxuga com os cabelos aos pés de Jesus, ela se prostra rosto em terra para que possa enxugar – lhe os pés. Quando estamos atraídos a adorar pela nossa essência nos movemos e nos prostramos diante d’Ele e reconhecemos a sua grandeza. (Jo 3.30 – esse sentimento é o que nos aproxima profundamente de Jesus).

*      Conclusão
A nossa essência é ser adorador, e por isso Deus está à procura dos tais (João 4.23b), porque em essência fomos feitos a sua imagem e semelhança e por isso, estamos intimamente impulsionados a adoração que lhe é devida. Portanto seja um adorador extravagante e gasto o melhor que há em você para adorar ao único que é digno de receber honra, glória, domínio poder e o louvor pelos séculos dos séculos. Amém!

Pr. Rodrigo de Almeida
       

21/10/12 - manhã


Seguindo padrões.
Porque ele é como árvore plantada junto às águas, que estende suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano da sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto.
Jeremias 17.8
*      Introdução
Este texto nos fala, no seu contexto, do homem que confia no Senhor. A apresentação deste texto para nós é feita num comparativo a uma árvore. Israel era comparado a Figueira ou a videira dependendo da ocasião. No que se diz respeito a nação Israel é Figueira, porque a figueira mantém em si a capacidade de produzir em situações extremas e adversas, apresentando primeiro os seus frutos e só depois as suas folhas, diferentemente das árvores comuns que dão folhas primeiro do que os frutos. No que se refere a missão de Israel para o mundo Israel tem sua história confundida a videira, porque do fruto da vide se produz a alegria e a comunhão. O suco da uva ou o vinho era imprescindível em qualquer comemoração pela alegria que gerava e pela comunhão que produzia. As libações no templo eram oferecidas com vinho para comunhão entre pessoas em ofertas de gratidão e por perdão. Essas árvores são conhecidas por seus doces e belos frutos e são identificadores da obra de Deus para com o povo de Israel.
Em Maria da Fé também encontramos uma árvore que identifica a cidade, sendo símbolo desta, uma árvore rara, em extinção no Brasil, protegida por lei que é a Araucária e esta árvore pode ser símbolo para nossa procedência diante de Deus e pode também ditar para nós padrões de caráter que devemos assumir diante de Deus.
*      Padrões a serem seguidos ilustrados pela araucária:
1.       Ela cresce reta – Precisamos crescer de forma reta no evangelho, andar em caminhos retos, não desviando nem para direita, nem para esquerda.
2.       Ela produz abrigo – A araucária se tornou quase extinta pela extração desmedida para produção de móveis e casas, já que a sua madeira não produz cupins e tem durabilidade superior a outras espécies de madeira. Nós devemos produzir abrigo e conforto para aqueles que precisam encontrar salvação.
3.       Ela produz alimento – Produtora do pinhão, alimento rico em gordura, caloria, natural, próprio para alimentação e fornecedor de sustento. O fruto desta árvore é produzido durante toda a vida dela com o mesmo vigor. Devemos ter com que alimentar os que necessitam através da palavra e nunca esmorecer com o tempo ou com a maturidade espiritual.
4.       Ela é rara – Esta árvore abundante em Maria da Fé é rara no restante do país e por isso é admirada. Se formos homens e mulheres de Deus incomuns, íntegros, seremos admirados também. Não seremos idolatrados, mas alcançaremos a condição de sermos vistos como verdadeiros.
5.       Ela é protegida por Lei – Esta árvore se for maltratada pro alguém, este alguém corre o risco de ser preso por crime ambiental inafiançável. Nós devemos estar protegidos debaixo das asas do altíssimo de modo que ninguém possa nos tocar,  porque somos “meninas dos seus olhos”.
*      Conclusão
Para que possamos gerar frutos precisamos seguir padrões morais que vão além do tempo de cuidado e provisão, mas precisa apresentar – se fiel especialmente nas situações adversas.

Pr. Rodrigo de Almeida 

sábado, 6 de outubro de 2012

Atraindo o Coração de Deus.


Atraindo o Coração de Deus.
Assim que Salomão acabou de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios, e a glória do Senhor encheu o templo. Os sacerdotes não conseguiam entrar no templo do Senhor, porque a glória do Senhor o enchia.Quando todos os israelitas viram o fogo descendo e a glória do Senhor sobre o templo, ajoelharam-se no pavimento, chegando o rosto ao chão, adoraram e deram graças ao Senhor, dizendo: "Ele é bom; o seu amor dura para sempre". 
2 Crônicas 7:1-3
*      Introdução
Eu estava pensando e observando um objeto que considero muito curioso que é o imã. Ele é um objeto que gera um campo magnético ao seu redor que provoca atração com metais. Todo imã é considerado dipolo, ou seja, possui sempre dois polos magnéticos um norte e outro sul, sendo que o polo sul sempre atraí o polo norte magnético e ao mesmo tempo o polo sul repulsa o polo sul. O polo norte é o polo magnético, ou seja, é onde se encontra o poder para atração e por isso o polo sul é atraído a ele.
Pude observar a semelhança que temos com este objeto fantástico no tocante a pessoa de Deus. Assim como o imã é uma peça única em si mesmo, ou seja, mesmo que partido ele se torna um imã menor com mesmas propriedades e não dois objetos diferentes, Deus é também uma peça única. Nós fomos gerados a Sua semelhança (Gênesis 1.26 – 27), ou seja, gerado a partir dele, recebemos suas característica e assim como o imã Deus também tem um lado que atraí e um lado que repulsa. O “polo magnético” de Deus sempre está direcionado para nós e sua expectativa é que nosso polo sul seja atraído através da adoração (João 4.23 – 24) já que fomos partidos Dele pelo pecado, contudo muitas vezes, por conta do pecado, tentamos nos equivaler a Deus e apresentamos para Ele nosso polo norte, dizemos que temos nossa própria força e assim somos repulsados pelo polo sul de Deus que não suporta o pecado. Jesus, em sua obra vicária tem o poder de inverter os polos e nos redirecionar de modo a sermos atraídos a Deus novamente.       
*      Sobre o Texto.    
Este é um texto dos mais belos do Antigo Testamento, onde o Rei Salomão encerra uma grande festa de dedicação a Deus após a construção do Templo do Senhor. Salomão neste texto consagra o templo, adora com músicas e ações de graças e participa ao povo da comunhão e a manifestação de Deus ocorre de formas espetaculares como a nuvem (Shekkinah), presença da glória, que enche o templo ou ainda com a oração respondida pelo próprio Deus. Vale ressaltar o nível de comunhão expressa nestes versículos, visto que não carecia da presença de um profeta no meio do povo e para Salomão, Deus falava diretamente com o Rei.
*      Como Atrair o coração de Deus
Existem alguns ensinamentos importantes neste texto que mostram como atrair o coração de Deus e é o que vamos observar agora.
1.       Ofereça sacrifícios pacíficos ou de comunhão (v.5) Salomão oferece 22 mil bois e 120mil cordeiros ou ovelhas. O sacrifício pacífico era um sacrifício de comunhão onde não apenas o sacerdote podia partilhar como também o povo que se encontrasse presente. Na Bíblia a referência ao número mil diz com respeito a algo completo, inteiro, perfeitamente pleno. Salomão oferece 22 mil bois para as famílias sacerdotais, 1000 bois para cada família e 120 mil cordeiros, dez mil para cada tribo de Israel, portanto 10 vezes a plenitude ou a perfeição para a comunhão. O que Salomão dizia com este sacrifício era: Só podemos atrair o coração de Deus se a minha adoração tiver comunhão com a sua.   
2.       Manter uma postura firme (v.6) Após partilharem da adoração através da comunhão do sacrifício, eles assumiram uma postura na ação de graças. O louvor era manifestação das ações de graças do povo. Ao colocar - se de pé eles diziam: Estamos prontos a te receber.  
3.       Alegrar – se continuamente (V.10) Quando o povo foi para casa, muitos deixando Jerusalém e indo a partes distantes da terra de Israel, foram jubilosos, adorando, cheios de graça, felizes. Isso demonstra que: não importa onde você esteja, nem o que estiver vivendo o seu coração se alegra no Senhor. 

*      Conclusão
Jesus muda nossas circunstâncias assim como neste teto trazendo até nós comunhão com o Pai, nos colocando de pé e enchendo a nossa vida com alegria. Agora o que ouvimos é Deus nos Responder dizendo que se tão somente chamarmos a Ele e nos arrependermos dos maus caminhos Ele sara a nossa terra (1Crônicas 7.14)

Pr. Rodrigo de Almeida
Shalom!