sexta-feira, 2 de agosto de 2013

VESTINDO AS VESTES DA SANTIDADE.

15.13)
*      Introdução
Muitos se perguntam “quem matou a Jesus?” Mas a pergunta de fato deveria ser quem poderia ter matado a Jesus. Será que de fato alguém foi responsável por haver levado tão grande homem a morte. Neste tempo queremos falar com relação a mote de Jesus sim, mas para que compreendamos este sacrifício precisamos entender sobre como vestiu – se Jesus para este feito. E partindo deste ponto compreenderemos o que e quem leva Jesus ao madeiro.
Nestes dias onde o Papa Bento XVI renunciou a seu cargo, algo incomum na igreja que tem relato oficial apenas de outra renuncia, a de Gregório XII em 1415. Contudo a grande questão que a igreja discutiu era que roupa deveria usar o Papa após sua saída. Isto porque roupas, ou vestes sempre identificam pessoas e suas posições. Juízes são identificados por suas batas pretas, Ministros do supremo por um “sobretudo” de cetim, crentes eram identificados por trajes formais. Alguns exemplos chamam muita atenção, como, por exemplo, a camisa das seleções Italianas azuis, fazendo referência a realeza Italiana e não as cores da bandeira de seu país ou mesmo dos holandeses que usam laranja em referencia a dinastia Orange que deu início a família real Holandesa. Da mesma forma são Reis ou Rainhas e com no caso do Papa também sacerdotes. Podemos observar em Êxodo 28.1 – 29 que Deus determina vestes para Arão, o sumo sacerdote e seus filhos, deveriam ser feitas de linho fino (aponta para suavidade do sacerdócio, da singeleza do ofício), pano azul (nobreza) e púrpura e carmesim (tons de vermelho que indicam o sacrifício e a autoridade) e tracejada a ouro (que denota o valor do sacerdócio). O império Romano adotou a cor vermelha de púrpura para seu império por conta do poder que este alcançou e até hoje está estampado na cidade de Roma e no clube que leva seu nome. Alguns Historiadores dizem que a roupa de um rei era feita de materiais nunca antes usados e não poderiam ser utilizados novamente, dava – se a coroa de um rei o número de pedras referente ao número de conquistas, seu manto era tão longo quanto à duração de seu reinado e o seu cetro simbolizava o a sua autoridade (a cabeça do cetro simbolizava o rei apoiada sobre o corpo do cetro que é o povo). Quando falamos da crucificação de Jesus, em especial no texto de Mateus 27. 27 – 29 os soldados escarneciam de Jesus e puseram sobre ele um manto escarlate e uma cana em sua mão direita, além de uma coroa de espinhos em sua cabeça, e zombando, O saudavam como Rei dos judeus. De forma irônica vestiram Jesus como rei. A ironia e zombaria se dão por alguns aspectos: O vermelho escarlate ou púrpuro do manto era símbolo do império Romano, a cana não é um objeto para se apoiar por quebrar facilmente e a coroa de espinhos indicava que não havia glória no seu reinado. Jesus, porém, não fazia questão de vestes reais, ainda que legitimamente fosse Rei. Jesus também rejeitou as vestes sacerdotais, ainda que fosse sacerdote real da ordem de Melquisedeque, mas Jesus apresentou – se ao mundo com vestes de santidade. Da mesma forma que a roupa de um rei era especial e tecida com materiais nunca usados e a roupa do sacerdote era única usada apenas uma vez no ano ao ir ao santo dos santos, a roupa de Jesus também foi tecida com pregos nunca usados, foi preparada em seu próprio corpo, ainda que não tivesse sido preparada primeiramente para ele, foi alinhavada em seu próprio corpo com cravos que o prenderam nesta veste. As pedras preciosas foram substituídas por sangue e a cruz, maior do que Jesus estendia – se do alto do monte até o chão, indicando que seu reino advinha do céu e se estendia por toda terra. Jesus não se vestiu como Rei ou como Sacerdote buscando a glória humana, mas se vestiu de cruz, A VESTE DA SANTIDADE!

1.       Não há santidade sem vestir a sua Cruz (Mateus 16.24)
2.       Não há Santidade na glória humana (João 5.41)
3.       É na cruz que nos gloriamos (Gálatas 6.14)

*      Conclusão (Filipenses 2.6 – 11)
Jesus sendo Deus não usurpou ser igual a Deus, sendo Rei não intentou ser maior do que os seus, sendo sacerdote não ofereceu sacrifício de outros, mas em todos os aspectos negou a todos para poder se oferecer em nosso favor. Ele usou a Cruz para se vestir e fez isto em santidade, ainda que a cruz não tivesse este aspecto. Mas Jesus também não tinha aspecto de homem para nela estar e estava.


Pr. Rodrigo de Almeida

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