sexta-feira, 2 de agosto de 2013

“ENCONTRO PERFEITO.”

E disse: Certo homem tinha dois filhos; E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, tornando em si, disse: Quantos Trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai! Pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e sandálias nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se. 
Lucas 15:11-24

*      Introdução
Esta semana temos estudado sobre perdão e este texto em especial é um grande ensinamento sobre perdão, é algo que nos trata profundamente porque a ausência do perdão tem aflorado na sociedade como um todo onde podemos considerar visto como tem sido enfatizado o orgulho próprio, o brilho pessoal, a vaidade e o consumismo. Todo este aspecto tem gerado infinitas vezes nas pessoas um sentimento de superioridade cruel, que impede que cada um de nós possamos considerar o outro como sendo superior a nós mesmos (Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. – Fl 2.3). É exatamente neste ponto que o perdão vai sendo deixado de lado, porque o sentimento relacionado ao perdão não está restrito em olhar para nossa convicção dos fatos ou para nossos interesses pessoais, mas em considerar o outro lado. Creio que o que Jesus quis nos ensinar quanto ao segundo e grande mandamento, que Ele mesmo diz ser semelhante ao primeiro, “amarás ao teu próximo como a ti mesmo” é exatamente isto, que devemos não olhar para nós como que sendo melhores ou piores, mas para o próximo com eu mesmo sou e se possível o ter em maior consideração do que a nós mesmos.
*      Sobre o texto
Neste que é um dos mais belos ensinamentos de Jesus e, chega a nós em forma de parábola, demonstra algumas verdades que farão resplandecer em nossos corações o sentimento de um Pai para como seu filho e em especial de Deus para conosco. Aqui vemos uma Família onde algumas coisas estão acontecendo fora fluxo natural, um Pai tendo dois filhos onde o mais novo solícita sua herança com sendo o Pai ainda vivo. Dentro da cultura judaica e mediante a interpretação da lei de Moisés, a herança deveria ser repartida, neste caso, em três terços, o filho mais moço receberia dois terços da herança, ou seja, uma porção dobrada em relação ao irmão. Algumas famílias judaicas até faziam divisão dos bens com o pai vivo, onde na verdade apenas liberava os filhos de administrar futuramente os bens familiares, porém esta atitude partia sempre do pai e nunca do filho como vemos aqui (v.12).
Ø  Verdades sobre o Pecado
      O pecado nos faz cometer Loucuras (v.13 – ...desperdiçou tudo vivendo dissolutamente.)
      O pecado nos faz perder (v.14 - ...havendo gastado tudo, houve fome... padeceu necessidades.)
      O pecado nos faz viver de modo imundo (v.15 - ...o mandou para os seus campos apascentar os porcos.)
      O pecado nos leva a miséria (v.16 - ...desejava encher o estômago com as bolotas...)
      O pecado nos faz perder o centro, a direção (v.17 - ...e caindo em si...)
      O pecado nos deixa caído (v.18 - ...levantar – me – ei...)
      O pecado nos leva pra longe do Pai (v.18 - ...irei ter com meu pai)
      O pecado nos tira a dignidade (v.19 – ..já não sou digno...)
      O pecado nos trata como qualquer (v.19 - ...trata – me como um dos teus trabalhadores...)
10°   O pecado destrói tudo o que chamamos de relacionamento, vida, família, casa e etc.
Ø  Verdades sobre o perdão
Quando nos deparamos com estes aspectos vistos neste texto, podemos compreender o tamanho do perdão oferecido pelo Pai ao seu filho, o tamanho do que lhe foi oferecido para que este pudesse novamente ser chamado assim.
      O perdão arde por um reencontro (v.20 - ...e quando ainda estava longe, viu – o seu pai...) – seu pai o aguardava diariamente.
      O perdão arde por um sentimento novo (v.20 - ...moveu –se de íntima compaixão...) – o sentimento de tristeza da lugar ao de recomeço.
      O perdão arde por intimidade (v.20 - ...lançou – se ao pescoço e o beijou...) – é literalmente tornar a ser íntimo, fazer parte um da vida do outro.
      O perdão é gerado mediante a confissão (v.21 - ...pequei...) – não basta ser confessado para Deus, porque Deus sabe todas as coisas, é necessário que confessemos para sermos redimidos.
      O perdão tem pressa (v.22 - ...trazei – me depressa...) – o coração perdoador não consegue espera para ser restaurado.
      O perdão arde por restauração (v.22 - ...a melhor roupa... anel no dedo... sandálias nos pés...) -  o perdão não apenas reconstrói uma história com inicia uma nova história ainda mais bela.
      O perdão é gerado com sacrifício (v.23 - ...trazei um bezerro cevado, e matai – o...) -  existe um sacrifício para quem esta disposto a perdoar e a receber perdão.
      O perdão gera comunhão (v.23 - ...comamos...) -  o coração perdoador consegue gerar comunhão entre todos por estar disposto a superar as diferenças.
      O perdão traz alegria contagiante (v.23 - ...alegremo – nos...) -  a alegria promovida pelo perdão transforma até os que nos cercam.
10°   O perdão traz vida, e direção (v.24 - ...esteve morto e reviveu; tinha se perdido e foi achado..)  - o perdão traz de volta, revive, ressuscita, renova, transforma.
*      Aplicação Pessoal
A.      Deus é o pai e nós pecamos contra Ele;
B.      Deus nos perdoou oferecendo um sacrifício a nosso favor;
C.      Deus deseja se reconcilia conosco para no dar vida;
D.      Deus deseja nos trazer de volta a condição de filhos amados, nos revestindo (vestes), nos dando autoridade (anel) e nos deixando livres do pecado (sandálias, porque escravos andavam descalços).
E.       Deus quer nos fazer reviver e espera que sejamos achados por Ele.
*      Conclusão (João 14.6)

Jesus é o CAMINHO pelo qual o Pai está esperando que voltemos; Jesus é a VERDADE que Deus nos oferece onde somos pecadores e ele nos oferece o perdão; Jesus é a VIDA que somente é gerada naqueles que voltam para o Pai. 

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