O Amor de Deus nos Constrange
Romanos 5.8)
Introdução
Quando
olhamos o amor de Deus por nós é impossível dentro da perspectiva humana
compreender esse amor. Entender o que Jesus fez ao se entregar é algo que foge
a nossa realidade e a probabilidade de algo deste tamanho ser realizado de novo
é de 0%. É por este motivo que o sacrifício de Jesus é único (Hb 10.12) e feito uma única vez,
solucionou o problema do homem quanto ao pecado. No texto em questão podemos entender algo muito importante: se
Jesus aguardasse que todos se arrependessem para dar fim no pecado, seu amor
não se manifestaria. O amor se manifesta exatamente pelo fato de este
sacrifício ocorrer quando nós não O desejávamos, nem O reconhecíamos. Esta é a
expressão do amor, baseada não em dar ou oferecer a quem deseja receber deste
amor, mas oferecer a própria vida em sacrifício por aqueles que não se
importavam com esta Vida, a saber, a vida de Jesus.
Eu me sinto
constrangido ao perceber tamanho amor e quero compreender neste estudo sobre o
que é constrangimento. Constranger = apertar; forçar; impedir os movimentos
coagir; violentar; oprimir; embaraçar. Constrangimento está
diretamente ligada a envergonhar – se ou ser envergonhado, constrangido,
vislumbrando o sentido da palavra. É como se, por exemplo, estivéssemos no meio
de uma sala cheia de pessoas falando e de repente todos se calam e somente a
sua voz é ouvida, neste momento todos olham para você e então surge o
constrangimento, e nos sentimos envergonhados, apertados, como que se não
pudéssemos nos mover e etc. Vamos observar alguns textos nos quais o amor de
Deus por nós manifestado em Jesus nos constrange:
1.
João
11.35 – Neste texto podemos observar um Jesus que chora. Ao ressuscitar
Lázaro, a grande multidão que ali estavam a consolar a família, percebe o
tamanho do amor de Deus e podemos usar uma das definições para constrangimento:
Eles ficam embaraçados. Especialmente
Marta visto que ela não compreendera
que Jesus estava ali para dar novamente vida a seu irmão.
2. João 18.10 e Lucas 22.51 – Aqui se pode
um Pedro que, na tentativa de proteger a Jesus, corta a orelha de Malco, servo
do Sumo Sacerdote; contudo, Jesus restaura
– lhe a orelha. Penso que esta prova do amor de Deus por aquele que conduziria
a prisão de Jesus constrangeu a Pedro.
3. Lucas 23.34 – Jesus outra vez demonstra
seu amor ao após ser escarnecido, ultrajado e maltratado, pede que o Pai lhes
perdoe por nãosaberem o que faziam.
4. Mateus 27.54 – Este texto conclui o que
iniciamos falando sobre o constrangimento que devemos ter devido ao amor de
Deus por nós. Após a crucificação e ter Jesus rendido seu espírito, mediante
todos os acontecimentos relacionados, os que haviam permanecido para verem o
que a Jesus era feito, percebem que era Ele o Filho legítimo de Deus. O amor de
Deus os constrange por perceberem que acabavam de matar a sua esperança e o
amor de Deus se revela por Jesus nada dizer contra eles.
Conclusão (Isaías 53.2 – 7 e
10)
O amor de
Deus nos constrange exatamente, porque podemos observar que neste amor fomos
sarados, neste amor fomos libertos, neste amor fomos alcançados. O que mais nos
constrange ao pensar no amor de Deus revelado em Jesus é o fato de este amor
ser manifestado a todos sem restrição e que ainda que não nos rendamos a este
amor Ele está disponível. E ainda o que mais chama a nossa atenção que Jesus
escolheu entregar – se em nosso lugar e o Pai agradou – se em moê-LO, não a
nós. O que faremos diante de tão grande
amor? (Ministração: Que amor é esse – DT)
Pr. Rodrigo de Almeida
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