sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O Amor de Deus nos Constrange
Romanos 5.8)
*      Introdução
Quando olhamos o amor de Deus por nós é impossível dentro da perspectiva humana compreender esse amor. Entender o que Jesus fez ao se entregar é algo que foge a nossa realidade e a probabilidade de algo deste tamanho ser realizado de novo é de 0%. É por este motivo que o sacrifício de Jesus é único (Hb 10.12) e feito uma única vez, solucionou o problema do homem quanto ao pecado. No texto em questão podemos entender algo muito importante: se Jesus aguardasse que todos se arrependessem para dar fim no pecado, seu amor não se manifestaria. O amor se manifesta exatamente pelo fato de este sacrifício ocorrer quando nós não O desejávamos, nem O reconhecíamos. Esta é a expressão do amor, baseada não em dar ou oferecer a quem deseja receber deste amor, mas oferecer a própria vida em sacrifício por aqueles que não se importavam com esta Vida, a saber, a vida de Jesus.
Eu me sinto constrangido ao perceber tamanho amor e quero compreender neste estudo sobre o que é constrangimento. Constranger = apertar; forçar; impedir os movimentos coagir; violentar; oprimir; embaraçar.  Constrangimento está diretamente ligada a envergonhar – se ou ser envergonhado, constrangido, vislumbrando o sentido da palavra. É como se, por exemplo, estivéssemos no meio de uma sala cheia de pessoas falando e de repente todos se calam e somente a sua voz é ouvida, neste momento todos olham para você e então surge o constrangimento, e nos sentimos envergonhados, apertados, como que se não pudéssemos nos mover e etc. Vamos observar alguns textos nos quais o amor de Deus por nós manifestado em Jesus nos constrange:
1.       João 11.35 – Neste texto podemos observar um Jesus que chora. Ao ressuscitar Lázaro, a grande multidão que ali estavam a consolar a família, percebe o tamanho do amor de Deus e podemos usar uma das definições para constrangimento: Eles ficam embaraçados. Especialmente Marta visto que ela não compreendera que Jesus estava ali para dar novamente vida a seu irmão.
2.       João 18.10 e Lucas 22.51 – Aqui se pode um Pedro que, na tentativa de proteger a Jesus, corta a orelha de Malco, servo do Sumo Sacerdote; contudo, Jesus restaura – lhe a orelha. Penso que esta prova do amor de Deus por aquele que conduziria a prisão de Jesus constrangeu a Pedro.
3.       Lucas 23.34 – Jesus outra vez demonstra seu amor ao após ser escarnecido, ultrajado e maltratado, pede que o Pai lhes perdoe por nãosaberem o que faziam.
4.       Mateus 27.54 – Este texto conclui o que iniciamos falando sobre o constrangimento que devemos ter devido ao amor de Deus por nós. Após a crucificação e ter Jesus rendido seu espírito, mediante todos os acontecimentos relacionados, os que haviam permanecido para verem o que a Jesus era feito, percebem que era Ele o Filho legítimo de Deus. O amor de Deus os constrange por perceberem que acabavam de matar a sua esperança e o amor de Deus se revela por Jesus nada dizer contra eles.
*      Conclusão (Isaías 53.2 – 7 e 10)
O amor de Deus nos constrange exatamente, porque podemos observar que neste amor fomos sarados, neste amor fomos libertos, neste amor fomos alcançados. O que mais nos constrange ao pensar no amor de Deus revelado em Jesus é o fato de este amor ser manifestado a todos sem restrição e que ainda que não nos rendamos a este amor Ele está disponível. E ainda o que mais chama a nossa atenção que Jesus escolheu entregar – se em nosso lugar e o Pai agradou – se em moê-LO, não a nós. O que faremos diante de tão grande amor? (Ministração: Que amor é esse – DT)


Pr. Rodrigo de Almeida

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