E aproximaram-se dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: Mestre,
queremos que nos faças o que te pedirmos. E ele lhes disse: Que quereis que vos
faça? E eles lhe disseram: Concede-nos que na tua glória nos assentemos, um à
tua direita, e outro à tua esquerda.
Marcos 10:35-37

Estamos
vivendo um tempo onde os holofotes e a fama tem atraído o povo de Deus como
mosquitos que são levados a luz da lamparina. É claro que o crente precisa
prosperar e trabalhar e alcançar sucesso, porém a vaidade deste status tem deslumbrado
o povo escolhido. Não me esqueço do filme “Advogado do diabo” onde no fim do
filme o ‘diabo’ diz que vaidade é o pecado que ele mais gosta. De fato, até
mesmo na igreja podemos observar uma busca desenfreada para alcançar alguma
coisa e “mostrar” serviço, no sentido de sermos observados com bons olhos e
galgar alguma coisa. Isso tem minado a igreja de Jesus, já que em todo seu
proceder Jesus se dedicou a se manter COMUM. Não ‘comum’ no sentido de “não fazer diferença”, mas ‘comum’ no
sentido literal da palavra onde “comum” é Do
uso ou domínio de todos os de um lugar ou de uma coletividade. = COMUNITÁRIO, PÚBLICO. Que
acontece ou se encontra com frequência ou
com facilidade. = GERAL,
HABITUAL ≠ RARO.
Gramaticalmente é o que tem comunhão com as pessoas ou com o meio. Jesus
não era formoso ou extravagante, era
apenas Jesus, fazia o que devia fazer e não esperava nenhum destaque por fazer
o que fazia, Ele apenas fazia o que estava determinado que fizesse e sempre que
podia fazia muito mais.

No texto do
Evangelho de Marcos há o relato em que Tiago e João, os filhos de Zebedeu, pediram
a Jesus que estes pudessem assentar um a direita e outro a esquerda de Jesus na
manifestação de sua glória. Existe um texto paralelo no Evangelho de Mateus
20.21, um dos sinóticos, o pedido fora feito pela mãe dos filhos de Zebedeu e a
ênfase é que se assentassem quando da vinda de seu Reino. Independente da
diferença textual ambos tem relação com o mesmo momento da vida de Jesus: A CRUCIFICAÇÃO. É na crucificação que
Jesus manifesta toda a sua glória a humanidade e também quando o reino de Deus
é inaugurado, já que uma inauguração pressupõe que as pessoas possam entrar, e
apenas quando Jesus vence o pecado na cruz é que podemos entrar no reino.
Nestes dois textos o pedido é para que Tiago e João tomassem o primeiro lugar
no ministério de Jesus, que tivessem destaque. Contudo como dito por Jesus, o
que eles pediam não podia ser suportado, já que na manifestação da sua glória e
de seu reino, quem estava ao seu lado eram dois salteadores. O da direita
defendeu a Jesus diante de seus algozes e o da esquerda o negou mesmo na cruz.
Jesus não disponibiliza para nós holofotes e sim algumas ferramentas para que
sejamos da mesma simplicidade que ele foi. Jesus, então disponibilizou alguns
itens que estão a nossa disposição, dentre eles: UM BALDE e UM PANO DE CHÃO.

1.
É o argumento da humildade;
2.
É o argumento da comunhão;
3.
É o argumento da participação.

1.
Jesus limpou, varreu os que defraudavam o tempo;
2.
Jesus limpou, ou varreu os que
manchavam o evangelho;
3.
Jesus limpou, varreu os que
minavam a adoração.

1.
No templo tinha uma cadeira
vaga, no centro que pertencia ao Messias. Jesus senta nela;
2.
Todos se admiram e não creem
ser ele o messias, por haver sentado na cadeira;
3.
Todos se pasmam por Jesus
afirma ser o Ungido, segundo a palavra do profeta Isaías.

Jesus nunca
buscou obter glória humana, e quando se apresentou diante dos homens com a
glória que esperavam o rejeitaram, portanto, devemos nos valer das armas que
Jesus nos deu, dos instrumentos para uma vida cristã exemplar. o balde e a
vassoura, ou pano de chão e tantas outras coisas, são instrumentos de servos
fiéis, que visam o reino em primeiro lugar e a glória que vem de Deus.
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