quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Desfrutando da unção


2 Reis 2.12-13
Quando viu isso, Eliseu gritou: "Meu pai! Meu pai! Tu eras como os carros de guerra e os cavaleiros de Israel!" E quando já não podia mais vê-lo, Eliseu pegou as próprias vestes e as rasgou ao meio. Depois pegou o manto de Elias, que tinha caído, e voltou para a margem do Jordão.
Introdução
Falamos que Eliseu desfrutou da unção que estava sobre Elias porque sobre Eliseu havia Governo, ministério e serviço. Precisamos entender primeiramente o que é unção.
No sentido literal é o ato de aplicar óleo sobre alguém ou alguma coisa, untar com óleo; como se faziam com coisas consagradas e com sacerdotes, reis e profetas.
No sentido espiritual a capacitação dada por Deus a alguma pessoa, apta para cumprir uma missão específica, especial, dentro do propósito divino de Deus.
Quando estamos debaixo de uma unção marcada por uma cobertura espiritual (manto) existem situações que tentam impedir que esta unção prospere.


(1º) Somos questionados sobre o governo que está sobre nós (Governo de Deus e da unção que honramos)
(2 Reis 2.16-18) "Olha, nós, teus servos, temos cinqüenta homens fortes. Deixa-os sair à procura do teu mestre. Talvez o Espírito do Senhor o tenha levado e deixado em algum monte ou em algum vale". Respondeu Eliseu: "Não mandem ninguém". Mas eles insistiram até que, constrangido, consentiu: "Podem mandar os homens". E mandaram cinqüenta homens, que procuraram Elias por três dias, mas não o encontraram. Quando voltaram a Eliseu, que tinha ficado em Jericó, ele lhes falou: "Não lhes disse que não fossem?"
Resumo: após reconhecerem que o Espírito que estava em Elias repousou sobre Eliseu, acabaram rejeitando o governo profético sobre Eliseu. Ir atrás de Elias era o mesmo que rejeitar a nova proposta profética sobre Eliseu.
“Questiona – se o governo de Deus que estava sobre Eliseu e a unção de Elias que Eliseu honrava.”


(2º) Somos questionados sobre nosso ministério (Ministério recebido pelo governo manifesto pela unção)
(2 Reis 3.10-12) Exclamou, então, o rei de Israel: "E agora? Será que o Senhor ajuntou a nós, os três reis, para nos entregar nas mãos de Moabe?" Mas Josafá perguntou: "Será que não há aqui profeta do Senhor, para que possamos consultar o Senhor por meio dele?" Um conselheiro do rei de Israel respondeu: "Eliseu, filho de Safate, está aqui. Ele era auxiliar de Elias". Josafá prosseguiu: "A palavra do Senhor está com ele". Então o rei de Israel, Josafá e o rei de Edom foram falar com ele.
Resumo: O Rei de Israel juntamente com os Reis de Edom e Judá vão à guerra contra Moabe sem uma direção de Deus até que Josafá solicita a presença de um profeta para que pudessem consultar.
“Questiona – se o ministério de Eliseu e até onde ele honrava a unção recebida para exercita – lo.”

(3º) Questiona – se o serviço de Eliseu ( Serviço recebido pelo ministério para qual fora ungido)
(2 Reis 6.31) E ele disse: "Deus me castigue com todo o rigor, se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, continuar hoje sobre seus ombros!"
Resumo: Havia fome em Israel profetizada por Eliseu e após um relato dramático de uma mulher o Rei de Israel fica indignado e resolve matar a Eliseu cortando – lhe a cabeça. A aplicação espiritual deste texto é interessante, pois é a cabeça que rege o corpo, ou seja, o corpo está a serviço da cabeça. Cortar a cabeça de Eliseu espiritualmente falando era impedi – lo de servir a Deus. Vemos isso sendo Cristo o cabeça e a igreja seu corpo nosso adversário tenta impedir- nos de servir a Jesus.
“A unção de Eliseu mostra de quem ele era servo.”

Conclusão
Tendo Eliseu confirmado o Governo, o Ministério e o Serviço que a unção sobre ele representava podemos entender que estamos no mesmo patamar por conta da sua atitude demonstrada no início do texto que lemos. Ao ver que Elias havia sido tomado ele rasga suas vestes e se veste com o manto de Elias. Rasgar as veste normalmente esta relacionada a arrependimento, na verdade, rasgar as veste no literal significar renunciar, ou seja, Eliseu rejeitou sua antiga unção para viver uma nova unção, ou um novo manto. (ex: Caifás)
Antes, sendo Israel a nação sacerdotal, se vivia debaixo da unção sacerdotal de Arão. A história relata que a unção de Arão fora de 7 dias representando uma unção permanente sobre suas gerações até o descanso ou o cumprimento desta aliança (7 = descaso = sabbath). Tendo o véu se rasgado no templo, encerra a aliança sacerdotal de Arão nos fazendo Reino e sacerdotes de uma aliança ainda maior em Cristo. Deixando a antiga unção e vivendo uma nova unção em Cristo Jesus.

Pr. Rodrigo de Almeida

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